Histórias de Sherazade
domingo, 29 de julho de 2007
O caso dos despertadores
Eis uma história que ensina a como enlouquecer uma pisciana.
Meu segundo marido, a quem vou chamar carinhosamente de F2 ( Falecido 2), para economizar letras e não identificá-lo,tinha dois empregos, trabalhava como um camelo, ou seria como um cão?
Ele era tão quentinho, adorava dormir com cabeça no peito dele.
Bem , não importa! O que importa é que como dormia muito tarde e tinha que acordar muito cedo, usava vários despertadores para não perder a hora.
Mas não pensem que os despertadores ficavam enfileirados , ele os escondia para não travá-los inconscientemente.
Eram quatro despertadores, incluindo uma galinha que ficava cacarejando e só dizia "Good morning" quando era travada.
E o pior, só ele sabia os esconderijos.
Colocava cada um para despertar uma hora, com diferença de 5 minutos.
O primeiro despertava à 4:45m, o segundo às 5:00, o terceiro às 5:15, o quarto à 5:30 e pasmem, usava o meu despertador também, para despertar às 5:45.
A casa inteira, e acredito que o prédio inteiro eram acordados com a sinfonia de PIPIPIS e COCORICÓS!
Certa manhã, fui acordada pelo primeiro despertador e percebi que estava com dor de cabeça, comecei a procurar os outros despertadores.
Imaginem a cena : uma mulher de camisola, descabelada, com dor de cabeça, rastejando pelo chão à procura de despertadores.
Foi uma experiência inesquecível!
Quando achei o último debaixo da cama, marchei como um soldado enraivecido, com todos nas mãos e "sepultei-os na lata de lixo.
Evidentemente F2 perdeu a hora, mas minhas filhas agradeceram com beijos efusivos, e imagino que a vizinhança também me agradeceu em pensamento.
Depois disso, um único despertador tocava às 5:30 e eu dava-lhe uma sacudida para acordá-lo.
E vivemos 5 anos felizes...
O mais estranho, é que depois que nos separamos nunca mais nenhum despertador funcionou no meu quarto!
By Nana Pereira
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